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sexta-feira, 11 de março de 2011

Percepções



Outro dia, assistindo a um filme, me peguei criticando a atitude de um personagem. Logo depois, porém, percebi estarrecida que aquela atitude que eu critiquei no filme é uma atitute que corroboro na vida real. O personagem não estava errado, mas a forma como o filme era narrado fazia com que o expectador, neste caso eu, reagisse, sem pensar, de acordo com o que o diretor queria.

Isso acontece o tempo todo. Nós, naturalmente, apoiamos a polícia e a justiça, mas se o filme é contado do ponto de vista do bandido, e ele é apresentado de uma maneira agradável, simpática, nós passamos, naquele momento, a vê-lo como 'herói', e o policial que tenta impedi-lo passa a ser o 'cara mau', a pedra no meio do caminho. O filme "11 Homens e Um Segredo" é um exemplo clássico disso, com o cuidado de não colocar a lei como principal antagonista dos heróis/bandidos, mas sim um ambicioso dono de cassino.


A TV e o cinema tem nos adestrado sem que percebamos. Às vezes isso é bom, às vezes nem tanto. A violência, por exemplo, virou algo trivial, e já há algum tempo um assassino serial virou estrela principal de seriado de TV. Outro dia vi crianças brincando de linchar o colega. Quando foi que algo tão repugnante se tornou brincadeira de crianças de 12 anos?

Depois eu volto ao assunto, porque dá pano pra muita manga, vamos em frente.

Continuando no campo do cinema, uma notinha leve. Parece que estou em meio a uma maratona de Matthew Goode. Assisti "Casa Comigo?" no início da semana, esta passando "Curtindo a Liberdade" (Chasing Liberty) neste momento no canal Boomerang e mais cedo assisti "Direito de Amar" (A Single Man).



Eu quero aproveitar para falar sobre este último filme, "Direito de Amar". Primeiramente, peço licença para usar o título original em inglês, A Single Man (traduzindo, um homem solteiro), porque honestamente, o título em português pouco tem a ver, além de ser muito piegas. E piegas é algo que este filme definitivamente não é.

Colin Firth está simplesmente brilhante no papel de George, um homem, professor na década de 50, reavaliando sua vida após a morte de seu companheiro.

Não é um filme para todos, mas para quem tem paixão por cinema, uma história bem contada e maravilhosas interpretações, este filme que foi a estréia de Tom Ford como diretor vale a pena.

Paz, e muita força para a população do Japão,
Vera

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